sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dicas para fazer uma boa prova

Leia o edital
É no edital que começa o preparo do candidato. Lá está descrito o que será cobrado nas questões e também o que poderá ou não ser usado pelo candidato na hora da prova. Há concursos em que o uso de lápis é proibido. A maioria pede  apenas caneta esferográfica preta ou azul, feita em material transparente (tipo bic).

Enfim, quem lê o edital fica sabendo de tudo a respeito do concurso e se previne de uma eliminação ou constrangimentos desnecessários na hora da prova.

Nas provas de textos (Português/Inglês)
Comece lendo as questões antes de ler o texto. Como dizem os estrategistas: não se vai à guerra sem antes conhecer o inimigo! A tática é verificar quais assertivas tratam de interpretação textual e quais abordam apenas a gramática. É claro que, mesmo nestas pode ser necessário recorrer ao texto. Não responda imediatamente sem verificar todo o período referido na questão, assim evita-se cair nas pegadinhas em que a banca tenta induzir o candidato menos atento ao erro.

Nas questões de intelecção anote ao lado do texto palavras-chaves das opções oferecidas como resposta e ao fazer a leitura grife aquilo que aparece nas alternativas, "ticando" o que pode ser a resposta e eliminando o que não pode. É preciso estar atento às entrelinhas do texto, o que ele tem como ideia central amarrada no sentido das construções sintáticas apresentadas. Mas cuidado, isso não tem a ver com o seu conhecimento prévio do assunto. Nas provas de interpretação de texto o candidato deve se ater apenas ao texto. Às vezes uma alternativa pode apresentar um conteúdo que faz sentido fora do texto, mas que não é abordado pelo autor. Nesse caso, mesmo que a afirmação seja verdadeira (ou falsa) se não está no texto não vale como resposta.

Não "empaque" nas questões
Se você está com muita dúvida em uma questão, o melhor a fazer é abandoná-la. Especialistas indicam até mesmo passar para outra parte da prova, se possível. Quando"empacamos" em uma assertiva o nível de ansiedade aumenta, assim, nosso cérebro começa a trabalhar "ao contrário". Explico: o famoso "branco" acontece porque o nosso cérebro entende que se eliminar aquele problema da mente a ansiedade diminuirá. Então, além de correr o risco de não ter tempo para fazer o restante da prova, ainda podemos passar por um apagão mental e comprometer nosso desempenho no concurso.

No entanto, quando passamos para outro tipo de questão a ansiedade baixa e de repente "bum": a resposta surge clara e límpida em nossa mente! Já aconteceu comigo e, com certeza, com você também. Ou vai dizer que nunca aconteceu de, depois de passada a prova, você chegar a casa e lembrar-se da resposta daquela questão que estava "na ponta da língua", mas que na hora não saiu?

Chutar ou não chutar, that's the question!
O assunto é polêmico, pois pode indicar despreparo do candidato e o emprego do tão malfadado "jeitinho brasileiro", mas recorrer ao chute é uma opção quando a tática acima falhar, desde que usada com bom senso e estratégia.

Em provas organizadas pelo Cespe o ideal é deixar a assertiva em branco, já que, na maioria das vezes, uma alternativa errada anula uma certa. Usar o "chutômetro" nesse caso pode ser um mau negócio e levar para o vinagre o sonho de conquistar um cargo público.

Entretanto, a maioria das bancas organizadoras não emprega essa forma de correção nas provas. Aí, usar a inteligência para chutar tem mais chances de levá-lo a marcar um gol. É preciso, claro, ter o mínimo de conhecimento dos temas para que a estratégia funcione. Até porque o primeiro passo é eliminar respostas obviamente erradas — para isso é preciso saber minimante o assunto —, o que geralmente deixa o candidato com duas alternativas válidas. (Chutar sem nem sequer tomar conhecimento daquilo que é proposto não é inteligência estratégica e sim ignorância.)

Para escolher corretamente entre as opções o candidato deve observar as seguintes relações:
  • Escolher sempre a mais certa, no caso de o enunciado pedir a alternativa correta, ou a mais errada, no caso da incorreta;
  • Esteja atento a palavras e expressões como  não é correto, exceto, incorreta, errada, correta etc. Há questões que já no enunciado tentam confundir a interpretação do candidato quanto ao que é pedido. Às vezes o concurseiro pode marcar uma alternativa correta, quando o pedido era justamente a errada e vice-versa. Por isso, atenção aos enunciados! Nesses casos eu sempre faço uma anotação ao lado da questão: procuro a certa ou procuro a errada;    
  • Alternativas iguais se excluem, isto é, se há duas respostas com o mesmo sentido nenhuma das duas é a correta;
  •  Parcialidade: ao primeiro contato parece certa, mas palavras como sempre, nunca, apenas etc invalidam seu sentido. Geralmente 90% de seu conteúdo está no enunciado ou texto a que se refere, mas pela limitação não pode ser a correta. Há sempre outra mais completa;
  • Contradição: o contrário de A não é B e sim, Não A ou -A. Traduzindo, quando uma assertiva pede algo que contradiz o enunciado eles não estão pedindo algo que não está sendo dito ou que está errado e sim algo que contraria o que foi dito;
  • Extrapolação: a alternativa é certa para o conhecimento de mundo, mas não se restringe ao enunciado;
  •  Por fim, não elimine a resposta por achá-la muito óbvia. As vezes ficamos tão paranóicos que descartamos a resposta correta porque "estava muito na cara e só podia ser pegadinha". E ai a pegadinha era justamente esta: fazer você errar colocando uma resposta fácil!
Utilize o tempo a seu favor
Faça a prova com calma e tranquilidade. Não queira se livrar da prova para ter o resto do domingo livre. Se você se dispôs a fazer o concurso, gastou seu tempo e dinheiro com ele, o melhor a fazer é curtir a prova. Beba água, coma algo, vá ao banheiro antes de passar as respostas para o gabarito, se alonge... Não é porque você terminou a prova antes do tempo que precisa sair correndo para ir logo embora. Ao voltar você vai estar mais relaxado e seu desempenho poderá ser muito melhor.

Por último, mas não menos importante
O melhor jeito é o seu.  O que dá certo para um pode não dar para outro. Tem quem goste de começar pelas matérias mais difíceis, outros pela mais fácil, outros ainda preferem fazer a prova de trás para frente ou do começo para o fim. Isso é o que menos importa. Não existe uma fórmula ou maneira mais correta de se fazer uma prova ou estudar para ela. A intenção aqui é apenas ajudar e não dizer "faça do meu jeito". Não! Faça do seu jeito! As dicas que trago são apenas observações que podem nortear, apontar um caminho no qual o candidato poderá se guiar (ou não, parafraseado Caetano).

Boa prova, bons estudos e ótimo fim de semana!

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